Ninguém, absolutamente ninguém, entendeu as rachaduras no prédio novo. Muito menos eu. Mas eu nunca fiz muita questão de entender certas coisas mesmo. E o mais cômico (e também trágico) é que eu acabava entendendo a razão daquilo que eu nem queria saber, pra começo de conversar. As rachaduras passaram a ser maiores e melhores. Mais profundas, mas também mais aparentes. Ou talvez sempre tenham sido profundas, mas nunca foram tão aparentes. Isso não era da minha conta, e também não era problema meu. Ainda assim, eu sabia. Ainda assim, eu entendia. Ainda assim, eu sofria.
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